O autismo e a psicose as vezes são englobadas numa categoria bem ampla. É o caso do DSM-IV (1994) que denomina as perturbações graves da primeira infância como transtornos globais de desenvolvimento
O autismo quanto a esquizofrenia envolvem comprometimento no relacionamento interpessoal e estereotipias. A criança autista não estabelecia contato com a realidade desde o início da vida e não apresentava pensamentos fantasiosos, diferente da Esquizofrenia Infantil em que o rompimento com a realidade externa ocorreria depois do terceiro ano de vida.
A metodologia utilizada são processos lúdicos para compreender as angustias, ansiedades, fantasias e principalmente a interação da própria criança com o outro.
O autismo quanto a esquizofrenia envolvem comprometimento no relacionamento interpessoal e estereotipias. A criança autista não estabelecia contato com a realidade desde o início da vida e não apresentava pensamentos fantasiosos, diferente da Esquizofrenia Infantil em que o rompimento com a realidade externa ocorreria depois do terceiro ano de vida.
A metodologia utilizada são processos lúdicos para compreender as angustias, ansiedades, fantasias e principalmente a interação da própria criança com o outro.
AUTISMO:
Diagnóstico e Tratamento
O
autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), marcada pelo início
precoce de atrasos e desvios no desenvolvimento das habilidades sociais e
comunicativas. São caracterizadas por uma grande variabilidade de apresentações
clínicas, tanto em relação ao perfil da sintomatologia quanto ao grau de
acometimento, mas são agrupados por apresentarem em comum uma interrupção
precoce dos processos de sociabilização. São, por natureza, transtornos do
neurodesenvolvimento que acometem mecanismos cerebrais de sociabilidade básicos
e precoces. Consequentemente, ocorre uma interrupção dos processos normais de
desenvolvimento social, cognitivo e da comunicação. A consciência de que as
manifestações comportamentais são heterogêneas e de que há diferentes graus de
acometimento, e provavelmente múltiplos fatores etiológicos, deram origem ao
termo transtornos do espectro do autismo (TEA).
O
diagnóstico de um transtorno autístico também requer desenvolvimento anormal em
pelo menos um dos seguintes aspectos: social, linguagem, comunicação ou
brincadeiras simbólicas/imaginativas, nos três primeiros anos de vida.
Há quatro critérios de definição:
- Prejuízo
qualitativo nas interações sociais: incluindo prejuízo marcado no uso de formas
não-verbais de comunicação e interação social; não desenvolvimento de
relacionamentos com colegas; ausência de comportamentos que indiquem
compartilhamento de experiências e de comunicação ( habilidades de “atenção
conjunta” - mostrando, trazendo ou apontando objetos de interesse para outras
pessoas); e falta de reciprocidade social ou emocional.
- Prejuízo
qualitativo na comunicação: incluem atrasos no desenvolvimento da linguagem
verbal, não acompanhados por uma tentativa de compensação por meio de modos
alternativos de comunicação, tais como gesticulação em indivíduos não-verbais;
prejuízo na capacidade de iniciar ou manter uma conversação com os demais (em
indivíduos que falam); uso estereotipado e repetitivo da linguagem; e falta de
brincadeiras de faz-de-conta ou de imitação social (em maior grau do que seria
esperado para o nível cognitivo geral daquela criança).
- Padrões
restritivos repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e
atividades: incluem preocupações
abrangentes, intensas e rígidas com Autismo e síndrome de Asperger.
- Padrões
estereotipados e restritos de interesse: adesão inflexível a rotinas ou rituais não-funcionais
específicos; maneirismos estereotipados e repetitivos (tais como abanar a mão
ou o dedo, balançar todo o corpo); e preocupação persistente com partes de
objetos ( textura de um brinquedo, as rodas de um carro em miniatura).
O tipo
de intervenção realizada na criança autista, seu desfecho prognóstico, leva em
consideração três fatores determinantes:
a idade com a qual é diagnosticada, o início do tratamento e o grau de
comprometimento de aspectos como linguagem, interação social e funcionamento
cognitivo. Quanto mais comprometido, pior é o prognóstico.
Basicamente
os tratamentos tem como alvos principais as habilidades de interação social e
linguagem, a fim de torná-las o quão funcional quanto possível, e
comportamentos desadaptativos, trabalhando-se para atenuá-los.
A
linguagem é um dos tripés que sustenta o diagnóstico autístico e direciona o
processo terapêutico psicológico com trabalhos multidisciplinares com
profissionais das áreas da psicologia, a fonoaudiologia e a neuro-psiquiatria
(em casos de grande dispersão e intensa agressividade).
Roselinda Capellatto
Psicóloga especialista
Atendimento autismo, psicose e criança autista